TRATAMENTO CLÍNICO DA OBESIDADE

O tratamento da obesidade é imprescindível, uma vez que ela está associada ao aparecimento de diversas doenças crônicas, como diabetes, pressão alta e problemas cardiovasculares. Felizmente, existem muitas opções terapêuticas nos dias de hoje para quem deseja emagrecer com saúde e de forma responsável, focando realmente em ser mais saudável e ter uma vida melhor.

Para identificar exatamente qual é o método que deve ser seguido, é preciso realizar uma consulta com um médico especialista em obesidade para conhecer o estilo de vida do paciente obeso, o seu padrão alimentar e as possíveis causas para o sobrepeso. Não existem evidências que indiquem qual é a composição mais adequada da dieta para se promover uma maior perda de peso, porém uma alimentação equilibrada promove mais saúde e bem-estar do que dietas altamente restritivas em algum tipo de nutriente, além disso, elas são igualmente eficazes em incentivar a perda de peso.

Mas, apesar de ser uma das enfermidades metabólicas mais comuns da atualidade, afetando mais de 56 milhões de brasileiros, ainda há muita resistência pela procura pelo tratamento da obesidade. Isso se dá tanto por medo dos efeitos colaterais quanto pela insegurança e pela culpa de estar acima do peso.

O que é preciso entender é que a obesidade é uma doença que exige acompanhamento médico, assim como o câncer, a pressão alta e a diabetes. Por meio de consultas regulares, é possível modificar sua vida para melhorar e ter mais saúde. Quer saber mais? Então, continue lendo e confira.

A obesidade é uma doença crônica?

A obesidade deve ser reconhecida como uma doença crônica e tratada como tal. O paciente deve compreender que a perda de peso é muito mais que uma medida estética e visa à redução da morbidade e mortalidade associadas à doença. Perdas de 5 a 10% do peso corpóreo inicial são associadas a reduções significativas de pressão arterial, glicemia e valores de lipídios.

Independentemente da maneira a ser conduzido (dietético, medicamentoso ou cirúrgico), o tratamento da obesidade exige identificação e mudança de componentes inadequados de estilo de vida do indivíduo, incluindo mudanças de tratamentos, que devem ser mais eficazes e resolutivos.

Como classificar a obesidade?

O Índice de Massa Corporal – IMC é calculado a partir das medidas de peso e altura. Ele é, atualmente, a verificação inicial na determinação clínica da presença de sobrepeso ou obesidade:

IMC de 30 é considerado obesidade;
IMC de 35 é considerado obesidade acentuada séria ;
IMC maior que 40 é considerado obesidade mórbida.

Também pode ser classificada em grau 1, 2 e 3 com os IMCs de 30, 35 e 40, respectivamente.

Calcule o seu IMC gratuitamente aqui!

A avaliação de um paciente com obesidade deve ser feita de maneira integral, como se avalia um paciente com outra doença. Por outro lado, a avaliação clínica do paciente obeso deve englobar itens específicos, sendo necessária a elaboração de uma história clínica completa, incluindo análise alimentar e um minucioso exame físico.

Deve-se enfatizar alguns pontos, como:

avaliar os antecedentes pessoais, familiares e socioculturais do paciente;
determinar o momento do início de ganho de peso e seu curso clínico;
listar os fatores desencadeantes e de manutenção, e
conhecer hábitos nutricionais, de atividade física e o estilo de vida, assim como os aspectos psicológicos.

Além disso, é muito importante que o médico faça uma investigação de tratamentos anteriores e seus resultados, analise se há sintomas sugestivos de doenças endócrinas e veja se há a presença de fatores de risco associados e seus tratamentos para evitar possíveis complicações.

A observação direta da ingestão alimentar demanda tempo, depende da presença de um profissional nutricionista com o paciente. Todas estas ferramentas se completam com a finalidade de se determinar o padrão alimentar do paciente, por isso, elas devem ser realizadas no início e durante o tratamento da obesidade.

Quais problemas de saúde estão relacionados à obesidade?

Muitos problemas podem estar ligados à obesidade direta ou indiretamente. Podemos citar a diabetes, a hipertensão, o aumento de colesterol e/ou de triglicerídeos, que levam a uma doença chamada aterosclerose, caracterizada pela formação de placas de gordura no interior dos vasos sanguíneos, aumentando o risco de ocorrer um infarto, um AVC ou a obstrução das artérias dos membros inferiores.

Além disso, essa doença também está relacionada com outros problemas de saúde, como:

varizes;
dores na coluna;
desgaste dos joelhos e muitos outros.

Como é feito o tratamento da obesidade?

O tratamento da obesidade dependerá diretamente do estado de saúde do paciente. Como essa doença se associa ao desenvolvimento de outros problemas, quanto mais tempo se leva para procurar ajuda, maiores são os riscos de ficar com consequências, como o aumento da pressão, diabetes ou doenças cardiovasculares.

Mas, as opções disponíveis envolvem:

Mudanças nos hábitos diários

O primeiro passo do tratamento da obesidade é a mudança de hábitos. Deve-se consultar um nutricionista para traçar uma dieta personalizada que supra todas as suas necessidades nutricionais.

Além disso, se recomenda inserir na rotina exercícios físicos, como academia, cross fit, funcional, natação, yoga, caminhadas entre outros. O importante é se movimentar e gastar calorias, escolhendo o exercício que mais e encaix no seu perfil e no dia-a-dia.

O acompanhamento psicológico também pode beneficiar a pessoa e é muito indicado para todos os tipos de pacientes.

Medicamentos

Alguns tipos de medicamentos que reduzem o apetite ou controlam a compulsão alimentar também podem ser usados durante o tratamento da obesidade. É muito importante que eles sejam ingeridos da forma correta, sem exageros, e que ocorra o acompanhamento médico. Assim como qualquer remédio, os focados em emagrecimentos apresentam riscos para os pacientes.

Vale ressaltar ainda que apenas o uso de medicamentos não trará grandes resultados. É preciso modificar também os hábitos de vida. Alem disso, como a Obesidade é uma doença crônica como pressão alta e colesterol elevado, deve-se utilizar tratamento contínuo, como se faz com as outras patologias, não apenas usar a medicação antiobesidade por 3 a 4 meses e parar.

Balão gástrico

O balão gástrico é um procedimento não cirúrgico onde é colocado um dispositivo no estômago para dar a sensação de saciedade. Dessa forma, há a redução da quantidade de alimento ingerido e, consequentemente, o emagrecimento.

Após um período, é feita a retirada do balão, o que pode fazer com que o paciente ganhe peso novamente caso não tenha mudado os seus hábitos alimentares. Esse método de tratamento da obesidade muitas vezes, é utilizado por pacientes que desejam realizar a cirurgia bariátrica, mas estão muito acima do peso e precisam emagrecer para passar por um procedimento cirúrgico.

Cirurgia Bariátrica

A cirurgia bariátrica é o método mais eficaz e duradouro para a perda de peso a longo prazo e com inúmeros benefícios para a saúde, mas ela é reservada para casos mais graves de obesidade.

Nela, é feita a redução do estômago e, em algumas técnicas, do intestino para reduzir a quantia de alimentos ingerida e absorvida pelo corpo. A partir da sua realização, é possível promover o emagrecimento e o controle de diversas doenças, como diabetes, pressão alta e dislipidemias.

Para poder realizar essa cirurgia, o paciente precisa ter um IMC acima de 40 kg/m² ou acima de 35 kg/m² com comorbidades. É necessário também comprovar que outros métodos mais conservadores de tratamento da obesidade não apresentaram resultados significativos.

Ainda ficou com alguma dúvida sobre o tema? Então, entre em contato conosco para conversar com um especialista. Somos uma clínica focada em doenças metabólicas e temos um time multidisciplinar para oferecer um atendimento completo para os quem busca tratamento para obesidade em Balneário Camboriú, Itapema ou Montenegro.

Temos nutricionistas, dentista-cirurgiã e um cirurgião geral para acompanhamento em todas as fases da terapia. Agende uma consulta conosco e saiba mais.